domingo, 4 de abril de 2010









Ainda tinha na prateleira
um pouco da falta que ela me faz
Sobrara quase nada
e nada importava
nessas horas, os dias comportam a eternidade
as inversões de caminho
que eu poderia ter feito
ainda me tra(i)riam
ao mesmo lugar
com outras dúvidas
mas sem as mesmas respostas









8 comentários:

  1. Eu sempre ando sem as respostar, mas repleto de perguntas...
    Tem dias que parecem durar mais do que a eternidade mesmo, que dias...

    E teus comentários são sempre ótimos e super bem-vindos. A dor é mesmo um importante elo com a realidade...
    abraço!
    =]

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  2. Eu acredito no efeito borboleta... caminhos direfentes nos levam a consequências diferentes. Talvez...

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  3. O filme né Tamyle? Sim, lembrei-me da mesma coisa, porém não creio que devamos imaginar ''e se tivéssemos feito assim ...'' Isso de nada adianta, isso não muda o que passou.
    Sobre o texto, adoro a forma que você utiliza as palavras. Sem pre acho que o seu texto tem algo a mais do que o óbvio,mas cada um interpreta como bem entende e isso na minha opinião é que são as verdadeiras entrelinhas, tão citadas anteriomente no seu blog.

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  4. Esta falta de ensaio nos tira o fôlego...resta sugar o que nos proporciona.

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  5. Eu perguntei a Tamyle se "efeito borboleta" era passar semanas rastejando(fase larval) e 24 horas voando(borboleta).

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  6. Nem sei ao certo pq o nome do filme é efeito borboleta, poderia levantar várias hipóteses, mas não vim aqui para questionar o nome (deixo isso para o meu amigo Hilário). A mensagem que ele nos passa é bem mais importante. Lembrei-me agora de um detalhe do filme: o personagem principal faz várias adaptações no tempo, cada atitude tomada tem uma conseqüência que muda o desfecho, porém ele nunca consegue alcançar seu propósito que é ficar com sua amada. No final das contas ele voltou “ao mesmo lugar, com outras dúvidas, mas sem as mesmas respostas”. Digo-lhes que tenho certeza de que o personagem do filme não se incomodaria de passar semanas no estado larval, para passar um único dia de vôo com sua amada.

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  7. Ainda bem que há sobras nas prateleiras, assim podemos recordar... as vezes é a unica coisa que nos resta, o resquicio de felicidade.

    Adorei o blog

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  8. Onde dariam os caminhos não feitos? Mudariam algo? Não sabemos, mas o que doí mais é uma prateleira "quase" vazia. O talvez ocupa muito tempo das nossas vidas e a saudade também.Eu gosto muito do teu texto.

    Sobre o meu último post que vc comentou lá no Eutímicas, qual música e filme vc se refere? Não entendi bem a relação com o texto.

    Sobre Caio F. Abreu, era(é) um escritor do Rio Grande do Sul da mesma época de Hilda Hilst. Gosto muito de um livro seu chamado Limite Branco, mas o mais famoso é morangos mofados. Ele é parecido com Clarice pq é intenso, no entanto, menos metafórico e mais moderno. O resto do texto da foto é assim:

    “Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.”

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Rupturas no silêncio...