segunda-feira, 26 de maio de 2008
























































































































ps-Página em branco para versar sobre o silêncio.

quarta-feira, 14 de maio de 2008



O que é um dia

Em meio a tantos anos?

O que é uma palavra

Em meio a tantos versos?

Dentre tantos poemas

De tantos poetas

O que é uma gota d’água

Em meio a essa tempestade?



Meu vício em minha vida viciada

Minha mania em insistir

Ou não ter forças para dar cabo

Ao que me consome para sobreviver

Como se meus sonhos fossem matéria prima

Para a realidade que eu (já) não vivo



A letra inconstante

Para a poesia de um instante

É o meu surto

Permutando meus eus

E minhas realidades

São os excessos de quem

Não se vê com mais nada

E não acha o bastante ter a si mesmo



A chuva

Uma insignificante gota d’água

Que se nega desprezível

Quando não sozinha

Do céu à sargeta

Das nuvens à lama

Esses são dias de tempestade



O que é uma vida a menos

Se essa não soma mais?

O que é uma vida

Quando se é imortal?




domingo, 11 de maio de 2008



Todos os dias

me vejo presa

em palavras soltas

“Abra os olhos e volte”

Enquanto as coisas findam

muito mais que lindas

estas ficarão



escreverei apenas às palavras esquecidas

cantarei apenas os versos mudos

entre o pouco e o quase nada

fragmentos de vida

em histórias inteiras

tramas complexas

personagens vazios

com toda a profundidade

do que só tangencia a superfície



mulheres eu vivi

enquanto criava em mim, minha reinvenção

eu me via em um poema por dia

e me fazia refém de meu desejo por liberdade

até me descobrir vazia



a essência como uma

versão da aparência

a sinestesia na relação

música e poesia

vida em versos

o colorido no silêncio

com a polifonia do escuro



a ausência deixa espaço

para mais versos

os dias sempre acabam

em reticências...

terça-feira, 6 de maio de 2008

Meta-auto-biografia




São só ranhuras

Rupturas no som

O espaço entre uma palavra

e a outra

não são as entrelinhas

a música vem no hiato

entre um verso e outro

a palavra cria espaço(s)

na música

para se fazer ouvida



O tom e a cor dessa música

Desses dias

no fortuito e inefável

caminho de volta para casa

Agora olho nos meus olhos

e vejo dos dias que quero

para toda a vida

o pedaço que falta

no vazio

de lacunas e espaços

A falta que me permite

ser inteiro

e ser pleno

domingo, 4 de maio de 2008

Do escambo ao câmbio



Quando o não é ilusão

sua leitura dos meus textos

minha leitura do seu (seu) contexto

eu digo não ao seu sim

na margem do não

à margem do sim