domingo, 24 de agosto de 2008

O dia despe a noite
de todas as estrelas
de todas as maneiras
o que há de mais oculto
se revela
quando dormem os últimos raios de sol...



A epifania
o sentido para o adjetivo feliz
um eclipse reverso


me empresta um beijo
deixa eu ser uma página do seu diário
fotografa um sonho
respira meu ar
me dá um capítulo do seu livro
nos seus braços, abrigo
me faz amante, amor, amigo...

Escreve rosas
envia pra mim
os desenhos dos versos
dos poemas sem fim

Sente o cheiro do primeiro
raio
despindo a noite
invadindo-a aos poucos
para conceber o dia


O acaso escreve o roteiro
nós dirigimos os personagens
Essa canção fotografa
o que não é dito por inteiro
o que se conta nas entrelinhas,
à margem,
do domínio de qualquer palavra

Vem ser verso em meus dias
me deixa
ser poesia
em tua vida





E se a segunda chance
tivesse todo mundo?
De quando em quando, de lance em lance,
ou por mais de um segundo
eu pudesse acertar
se ao invés de dormir
eu pudesse sonhar?
Se no lugar de partir
a gente pudesse ficar...