segunda-feira, 26 de dezembro de 2011





Preciso não saber
(prefiro não saber)



Queria saber mais
queria dizer mais
quem sabe um pouco mais
pelo menos
Queria viver mais
você
queria um pouco mais
mas...


Prefiro não ter escolha
cometer você
não era erro aos olhos certos


Prefiro não viver(assim)
a ter que matar
o que me enche de sentimento
e me esvazia de sentido


Por vezes tudo que eu queria
era saber (o) que não precisava saber
saber o que (como e quem) esquecer
saber o que (e quando) silenciar


Não há resposta
quando a pergunta é o silêncio
solidão não é o fato de estar sozinho
solidão é o nome
que se dá à sua ausência








quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Das 'palavritas'...




À ventura das palavras
que se encontram nas linhas
e se perdem nas entrelinhas:
a aventura das palavras






sexta-feira, 2 de dezembro de 2011





Não sou capaz de responder
por mim mesmo como futuro
Talvez recrie o que me foi passado
pra trás
Como um sonho
que não se sonha acordado






Talvez releve e me torne leve
leve o bastante
para que meu futuro
não me condene
ao passado




Eu, que outrora fora a gota d’água
à agora de fora
uma gota d’água
no leito (de morte)
de um rio que desemboca no mar
que desencana de amar