domingo, 15 de fevereiro de 2009



Não que aqui haja muito

Haja vista, há mais coisas ditas no silêncio que nas palavras

Do tédio se concebe personagens

Alentados pela solidão

Com pitadas de narcisismo mal resolvido

Não que os personagens sejam auto-biográficos

Criar um personagem para falar de si mesmo

Seria como masturbar-se pensando em si mesmo

Mas aqui são apenas texto

Sem cores, sem música

A beleza está nos olhos de quem lê

 

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009



Eu juro que ia te mandar um recado cheio de uma pluralidade semântica que até eu ficaria envolvido com a multiplicidade de sentidos das palavras aqui colocadas.
Eu juro que ia escrever o verso mais bonito numa tentativa de que as palavras fizessem o que eu não sei fazer.
Eu juro que ia bancar o herói e dizer o que precisava ser dito na hora certa.
Eu juro que ia desinventar o errado e patentear o caminho certo.
Eu juro que ia ser claro e direto e não dar voltas ao redor de mim para chegar até você, o que seria em vão, porque o meu destino independe do caminho que sigo.

Eu juro que ia demandar sua presença  como quem deseja a mesma pessoa todo dia.

Eu juro que ia dar o próximo passo e seguir pelo caminho certo, o que é  indiferente, se por onde vão meus passos, se até mesmo o ato de me perder é só mais um caminho para chegar até você.

Eu juro que ia fazer isso acontecer todo dia...

 

 



 

Mas juramentos precisam de testemunhas, como alguns crimes precisam de cúmplices...