quinta-feira, 17 de abril de 2014










A mudança é a única constante
mas o novo de novo é sempre o mesmo
Nessa busca vinda de um desejo alheio
de ser eu mesmo
me perco nas tentativas de me encontrar
Como se as histórias sem fim
fossem um fim em si mesmo











terça-feira, 1 de abril de 2014





Eu sigo a chuva com meus olhos
palavras agora não me atingem, mas me cercam
e não vou além da lembrança do que poderia ter sido
Eu quase não esqueci seu sorriso
mas já aprendi que um copo é muito raso para afogar mágoas



Há um poema em cada esquina
e amor em cada verso
Há um convite na escrita
e um silêncio em todo o resto



A chuva apressa o pôr do sol
o tempo esfria
o corpo aquece o que a alma esquece
os relógios lembram que já foi tarde
Disparo uma saudade contra as memórias
de quem se fez distante
Lembrá-la é a única forma de revê-la
com uma canção, um verso que ecoa
um fato do cotidiano
 que remeta à saudade mais plural
o destino de quem se perde no desejo de esquecer