sábado, 25 de junho de 2011






           De encontro às formas de construção que se viu outrora, 'construir muros ao invés de pontes é mais fácil que tentar sorrir' (frase que martela na cabeça quando ouso dormir) faz menos sentido nos dias em que a vida me sorri. Nos dias em que se acha que alguém  leu a mensagem na garrafa, que algumas coisas não precisavam nem mesmo fazer sentido porque só bastavam ser sentidas, nos dias que troca a expectativa do novo pela perspectiva nova, como se aquele mesmo quadro de outrora por outros olhos de agora formasse uma nova imagem. 
       Segredo e silêncio,
 ao
encontro da dúvida dividida com a vida de quem acredita que há algo ou alguém que vibre na sua mesma frequência, que se afine com suas afinidades, que aponte para o mesmo ponto de fuga, que transborde na mesma vazão, com quem se divide os dias pela mesma razão.
        Arte do encontro? Nada se perde, tudo se encontra...











7 comentários:

  1. Sobre frases que martelam antes de dormir, a minha era mais ou menos "Sorria, mesmo que ainda dóa. É mais fácil fingir o sorriso do que carregar a dor estampada na testa".. =]

    ResponderExcluir
  2. A este post, somente um sorriso...

    Ao comentário acima, para mim, é mais fácil assumir minha dor que pintar um sorriso fingido...

    ResponderExcluir
  3. Não é negar a dor. Eu a assumo. Ela é minha e só. Não preciso levar a dor estampada na testa, pra servir de assunto a quem não interessa. Da minha vida sei eu.

    Mas cada qual sabe o que melhor lhe serve! =]

    ResponderExcluir
  4. Gostei do post.
    Engraçado com um texto pode elucidar vários pensamentos (dependendo daquele que lê).
    Vejamos o que pensei...
    Mesmo que seja mais fácil construir muros, também é fácil destruí-los. (Ainda bem!). Alguém já viu alguma destruição de pontes? Só em filmes de ficção. Deu vontade de escrever sobre os muros já destruídos... Então vamos destruir mais muros e construir mais pontes. Que muro você gostaria de destruir hoje?
    Minha resposta para “a arte do encontro?”. Encontro de qualquer natureza: pode ser uma pessoa, um emprego, um sonho. Responderia: Só você faz.
    Na minha opinião, somos responsáveis pelos encontros.

    Só você pode tirar a pedra do caminho, servir mais vinho, botar vento no moinho. Só você pode botar pra correr e criar força nessa coisa. Então é preciso botar lenha na fornalha, fogo na palha, na batalha. Botar pra ferver! – Referência para a música Cara a Cara, Chico Buarque.

    E para continuar com ele:
    "Depois de te perder,
    Te *encontro*, com certeza,
    Talvez num tempo da delicadeza,
    Onde não diremos nada;
    Nada aconteceu."

    ResponderExcluir
  5. E queria comentar assim também, tão bonito.
    Mas só consigo dizer que nada se perde, tudo se encontra.
    =]

    ResponderExcluir
  6. Quanta inspiração, hein? Como eu sinto (falta das) suas palavras! Falta de quando eu podia estar sempre lendo. O tempo anda curto, mas pelo menos quando eu venho, me atualizo de tudo! Continua tudo muito especial.

    ResponderExcluir
  7. ''aponte para o mesmo ponto de fuga, que transborde na mesma vazão, com quem se divide os dias pela mesma razão.
    Arte do encontro? Nada se perde, tudo se encontra...''
    Gostei especialmente desta parte... O ponto de fuga são linhas que em algum momento se cruzam e descrevem a profundidade de um objeto; é a direção para onde ele segue. Isso é uma definição pessoal, do que pode ser ponto de fuga no desenho. Na vida porém, o mesmo ponto faz parte do encontro. Olhe fixo para um lugar, perceba que o (ser)distante, se aproxima e em algum momento passará pelo seu olhar. Este é o ponto de fuga.
    ''Arte do encontro? Nada se perde, tudo se encontra...''

    ResponderExcluir

Rupturas no silêncio...