domingo, 6 de maio de 2018

Do que finca e finda...





O que segue de quem fica
o perdido no meio do caminho
quando se encontra o seu lugar
a lacuna entre o que eu queria ser
e aquilo que sou
o abismo do futuro de ontem
ao que foi passado agora





Aquele texto, naquele email, daquele verso
a mesma coisa (inter)dita de tantas formas
e maldita várias vezes
Talvez o amor seja mesmo uma sinfonia
de silêncios e vazios
num consenso para instrumentos diferentes
tocarem a mesma nota
Consonantes de uma forma ímpar
convergindo para o mesmo ponto de fuga
em mais uma esquina entre a distância
e o que fica de quem me segue






Um comentário:

Rupturas no silêncio...