sexta-feira, 2 de março de 2018







Da arte de se tornar o que se é
de se permitir não ser mais o homem do passado
de fazer valer(-se) mais (em) cada silêncio
e prescindir mais das palavras


Deixar vir à tona e não mais ir à toa

De quem eu era
àquele que eu quero ser
as lacunas, os hiatos, as distâncias
os vazios que tentei preencher
hoje memórias vazias
vagas, desbotadas de um passado
de alguém
a se esquecer


Desatando os nós
amarrando as pontas soltas
Muito tarde para um café
e muito cedo para um vinho
O sol se pôs para você
mas me acompanha até o limite do meu desejo
alguns quilômetros, alguns anos
algumas palavras
Distâncias já são maiores que a saudade


O sol se pondo
como um ponto final
A noite se impondo
como uma próxima página
A noite que vence o medo
de se estar sozinho
à noite vem sem medo
de ficar comigo
Deixando as dúvidas por dívidas
com essa história
de uma noite
ou de uma vida




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Rupturas no silêncio...