segunda-feira, 26 de dezembro de 2011





Preciso não saber
(prefiro não saber)



Queria saber mais
queria dizer mais
quem sabe um pouco mais
pelo menos
Queria viver mais
você
queria um pouco mais
mas...


Prefiro não ter escolha
cometer você
não era erro aos olhos certos


Prefiro não viver(assim)
a ter que matar
o que me enche de sentimento
e me esvazia de sentido


Por vezes tudo que eu queria
era saber (o) que não precisava saber
saber o que (como e quem) esquecer
saber o que (e quando) silenciar


Não há resposta
quando a pergunta é o silêncio
solidão não é o fato de estar sozinho
solidão é o nome
que se dá à sua ausência








5 comentários:

  1. "Não há resposta quando a pergunta é o silêncio"






    senti falta de ler coisas assim

    ResponderExcluir
  2. A última estrofe ficou incrível. Ela, por si só, é um poema...

    ResponderExcluir
  3. A última estrofe ficou muito incrível mesmo - os versos todos dançam, são bons, têm ritmo.
    Saber ou não saber?
    Vale a pena ter para depois perder?
    Nem sei...
    Sobre o lance das revoluções, estás correto demais
    Abraço
    =]

    ResponderExcluir
  4. Eu li o poema hoje de novo e gostei ainda mais que antes...

    ResponderExcluir
  5. Engraçado, Marcella. Também li de novo, pensando que ainda não tinha lido. E tive uma sensação diferente da primeira vez que li.


    Adoro essas fantasias que só um bom texto proporciona.

    ResponderExcluir

Rupturas no silêncio...