sexta-feira, 2 de dezembro de 2011





Não sou capaz de responder
por mim mesmo como futuro
Talvez recrie o que me foi passado
pra trás
Como um sonho
que não se sonha acordado






Talvez releve e me torne leve
leve o bastante
para que meu futuro
não me condene
ao passado




Eu, que outrora fora a gota d’água
à agora de fora
uma gota d’água
no leito (de morte)
de um rio que desemboca no mar
que desencana de amar




2 comentários:

  1. Ótimo texto.
    Nenhum momento (da vida) é igual. O futuro jamais será igual ao passado e vice-versa. Da mesma forma que a gota d'água nem sempre vai desembocar, nem sempre será uma gota d'água. Talvez possa ser o próprio mar...
    Tim Maia também já explicou isso.
    Quanto tempo ainda temos aqui?
    Eu diria o suficiente para se fazer tudo que se planeja, tudo que se quer.

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Rupturas no silêncio...