quarta-feira, 19 de março de 2008



Não sou capaz de responder

Por mim mesmo como futuro

Talvez recrie o que me foi passado

Para trás

Como um sonho

Que não se sonha acordado


Talvez releve e me torne leve

Leve o bastante

Para que meu futuro

Não me condene

Ao passado


Eu, que outrora fora a gota d’água

À agora de fora

Uma gota d’água

No leito (de morte)

De um rio

Que só tem fim

Quando vira mar

Quando vir ao mar

(quando vir a amar)


O que encontrou fim

À quem se encontrou no Fim

A abertura ao incerto

A reinvenção do novo

A queda livre que me ensinou a voar

O livro em branco que me faz escrever

As coisas sem direção

Mas com todo sentido (e sentimento) do mundo

Visto em escala de cinza

Com poemas monocromáticos

Todas as palavras para traduzir

O preto e o branco...

Uma sombra

E um pensamento...




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Rupturas no silêncio...