quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

(A)pagamento à vista


Sem o que dizer

À mim e a eu mesmo

De onde há tanta dor?

(De ontem há tanta dor...)

A ferida que não fecha

e a hemorragia que me estanca

A força disso tudo

(e à força isso tudo)

O acaso planejado

Na página em branco

De um livro sem final



Sem final...

Eu acredito nas pessoas

Mas não confio em ninguém

Os versos plagiados

De uma poesia que faltou (em)

Algumas estrofes pra se viver

Meu canto em silêncio

meu encanto sem luz



Sem luz...

Cerrando as grades dessa liberdade

À procura de um novo vício

emulando uma nova paixão

Sintetizando um sorriso diário

Do melhor disfarce em ser eu mesmo

A estar alheio à minha sombra

Meus passos não pertencem aos meus pés

A asa quebrada

O coração (re)partido e

os olhos furados...

2 comentários:

  1. tu conseguiu verbalizar o que eu sinto de uma forma espetacularmente encantadora e é tudo tão teu que eu me percebo egoísta por querer achar igualdades nos absurdos alheios.

    ah, como tu me reflete melhor..

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  2. É sempre bom aparecer por aqui.

    3 minutos de silêncio por essa postagem.

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Rupturas no silêncio...