sábado, 28 de setembro de 2013



À olho nu
se desnuda a razão
o filtro que esconde o desejo infiltrado
em parecer para ser alguém
que não se é para ter de alguma forma
o que não se pode ter 
ou deter consigo
ou reter em si





Ao olho nu que pouco enxerga
e muito entrega:
da beleza de quem vê
à beleza de quem vem
Os limites dos olhos balizam o olhar
que no escuro cega
mas abre a janela para sentir e tocar




Há um olho nu
e uma nudez no olhar
olho no olho, nu
Fecha-se os olhos
Abre-se a alma




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rupturas no silêncio...