À olho nu
se desnuda a razão
o filtro que esconde o desejo infiltrado
em parecer para ser alguém
que não se é para ter de alguma forma
o que não se pode ter
ou deter consigo
ou reter em si
Ao olho nu
que pouco enxerga
e muito entrega:
da beleza de quem vê
à beleza de quem vem
Os limites dos olhos balizam o olhar
que no escuro cega
mas abre a janela para sentir e tocar
Há um olho nu
e uma nudez no olhar
olho no olho, nu
Fecha-se os olhos
Abre-se a alma
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Rupturas no silêncio...