quarta-feira, 17 de março de 2010

Da indiferença I







Desinteresse pelo alheio,
auto-misantropia
A construção do próprio entorno
ou as idas sem retorno
em caminhos sem volta



Pausa para um café
ou uma bala que não me toma tempo
Sem segredos
ou mentiras
Eu apenas não quero saber
Sem respostas,
da curiosidade não entendo
Barba por fazer,
blusa desbotada,
calça rasgada, tênis velho
Eu não mendigo a aprovação de outrem



Ah,há em mim um espelho
apenas a devolver o que lhe é dado
Não esconder nada,
mas a cultivar o silêncio




Alheio ao desinteresse do outro
indiferença é um exercício de “desimportância”
e desapego
Bobagem, besteira, nada não,
deixa pra lá,chato, sem graça, entendiante,
 insignificante e ignorado
A escrita do não em meu cotidiano
É só um jogo de palavras
o sentido é (vi)ver o mundo buscando um sentido
é fim de jogo, fim da linha, fim de papo






4 comentários:

  1. Cada dia que passa, torno-me mais sua fã!

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  2. Engraçado o gosto e ritmo de atropelo..sem fôlego..sem diálogo!

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  3. Eu sempre acho complicado vir comentar aqui...
    Eu leio milhares de vezes o texto e penso em comentários mil, sendo que acabo achando que nenhum tá legal...

    Posso dizer que admiro o teu estilo, o teu jeito de brincar com as palavras, com as idéias, sentimentos... Coisa para poucos isso...

    E sim, lá no texto, eu esqueci de falar aquilo que tu comentou, e também que certos romances duram a vida toda...
    Abraço!
    =]

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  4. Acho triste. Não sei, penso que não há nada pior do que não sentir, não estar, indiferença. Raiva e amor ainda causam algo, o desinteresse nada. Gosto muito do jogo de palavras, bem escrito mas "pesado" entende?

    Beijão.

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Rupturas no silêncio...