O que é um dia
Em meio a tantos anos?
O que é uma palavra
Em meio a tantos versos?
Dentre tantos poemas
De tantos poetas
O que é uma gota d’água
Em meio a essa tempestade?
Meu vício em minha vida viciada
Minha mania em insistir
Ou não ter forças para dar cabo
Ao que me consome para sobreviver
Como se meus sonhos fossem matéria prima
Para a realidade que eu (já) não vivo
A letra inconstante
Para a poesia de um instante
É o meu surto
Permutando meus eus
E minhas realidades
São os excessos de quem
Não se vê com mais nada
E não acha o bastante ter a si mesmo
A chuva
Uma insignificante gota d’água
Que se nega desprezível
Quando não sozinha
Do céu à sargeta
Das nuvens à lama
Esses são dias de tempestade
O que é uma vida a menos
Se essa não soma mais?
O que é uma vida
Quando se é imortal?
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Rupturas no silêncio...