terça-feira, 1 de abril de 2014





Eu sigo a chuva com meus olhos
palavras agora não me atingem, mas me cercam
e não vou além da lembrança do que poderia ter sido
Eu quase não esqueci seu sorriso
mas já aprendi que um copo é muito raso para afogar mágoas



Há um poema em cada esquina
e amor em cada verso
Há um convite na escrita
e um silêncio em todo o resto



A chuva apressa o pôr do sol
o tempo esfria
o corpo aquece o que a alma esquece
os relógios lembram que já foi tarde
Disparo uma saudade contra as memórias
de quem se fez distante
Lembrá-la é a única forma de revê-la
com uma canção, um verso que ecoa
um fato do cotidiano
 que remeta à saudade mais plural
o destino de quem se perde no desejo de esquecer







2 comentários:

Rupturas no silêncio...