quinta-feira, 22 de outubro de 2009



E se eu não quiser saber
se eu não quiser ouvir?
Se eu não desejar para mim e
evitar que seja aqui?

Se o erro for inevitável,
mas a sua presença inevitável
em mim
talvez minha única escolha

Talvez o não
me chegue como
minha maneira
de dizer sim
ao pouco
que ainda insisto
em deixar ser meu

Mas meu não comporta posse
meu é apenas aquilo
que a memória
permite ficar em mim

Caçador de palavras
uma palavra perdida e vazia
me acerta em cheio
mas você não,
palavras certas estão em extinção

Eu já não procuro
aquele pedaço
que fora visto como falta
Quantas vezes me vi perdido
na busca constante
para o fim do que não tinha
em mim


2 comentários:

  1. confuso e psicanalítico.

    ResponderExcluir
  2. {...} meu é apenas aquilo
    que a memória
    permite ficar em mim {...}'

    e o que a gente faz quando 'meu' é muita coisa? quando a memória, como um ímã, guarda tudo em mim?

    amei, vou voltar sempre.

    ResponderExcluir

Rupturas no silêncio...