Recordo-me que às vezes os caminhos certos surgirão com a porta trancada, sem chave ou segredo que remedeie. Um rota alternativa ou um caminho paralelo na esperança de que o infinito não seja tão distante e que os versos de estrofes paralelas possam mais uma vez rimar.
Acordados ou não, os sonhadores seguirão sonhando por lhes ser inerente o sonhar. Mesmo que o único acordo seja o silêncio, como se este com a distância pudesse sepultar a saudade.
Querer o impossível, como se os sonhos fossem paliativos para as impossibilidades. As regras gramaticais são por demais rígidas para a poesia, por isso a Vida e há vidas que demandam licenças poéticas para sobreviver. Há partes da vida que só se vive nas entrelinhas e só quem ouve as estrelinhas é capaz de vivê-las.
Uma só palavra, quem sabe a palavra certa, a palavra de ordem, a palavra da salvação...o sim incondicional, uma vez que alguns quereres não têm condições, não têm resposta, não têm explicação, não têm porquê.
Lembrar só é possível às coisas e pessoas esquecidas ou a esquecer.(Eu sempre lembro daquilo que eu quero esquecer). Há dias que não cabem nas “lembrancinhas” porque alguns versos da história são inesquecíveis.